Bahia ocupa 5º lugar em comercialização de medicamentos genéricos no país

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Bahia ocupa 5º lugar em comercialização de medicamentos genéricos no país

Nos últimos dozes meses, o estado da Bahia comercializou mais de 82 milhões de unidade de genéricos, o que representa um crescimento de 15,70% se comparado com o mesmo período de 2019

Tribuna da Bahia, Salvador
01/11/2020 06:40 | Atualizado há 2 dias, 5 horas e 10 minutos

Por: Cleusa Duarte

A indústria de medicamentos genéricos no Brasil cresceu 11,08% em unidades comercializadas, no terceiro trimestre deste ano, se comparado com o mesmo período do ano passado. A Bahia ocupa o 5º lugar entre os Estados Brasileiros com maior volume de unidades de genéricos comercializados. Nos últimos dozes meses, o estado da Bahia comercializou mais de 82 milhões de unidade de genéricos, o que representa um crescimento de 15,70% se comparado com o mesmo período de 2019.

Os dados são da ProGenéricos (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos). Que ainda informa que São Paulo lidera o ranking de comercialização, seguido de Minas, Rio de Janeiro e Rio Grande do sul. Do total de medicamentos comercializados na Bahia, 32,40% são genéricos. No País, o estado da Bahia representa 5,10% em unidades de genéricos comercializadas.

O crescimento é reflexo do aumento de volume, devido ao ingresso de novos produtos no portfólio das empresas e a expansão das vendas de genéricos de maior valor agregado, caso dos produtos voltados para o tratamento do sistema nervoso central, por exemplo.

Os consumidores, em virtude do preço baixo, qualidade e eficácia, buscaram refúgio nos genéricos para dar continuidade a seus tratamentos. Sendo assim, os genéricos seguiram cumprindo seu papel de fortalecer o acesso a medicamentos neste momento de pandemia.

A pandemia também contribuiu para o aumento na venda dos genéricos já que as pessoas passaram a se cuidar mais, uma vez que as doenças crônicas como hipertensão e diabetes, dentre outras, são fatores de risco para agravamento nos casos de Covid-19. Além disso, é natural que, num momento de contratação da economia, os consumidores tenham buscado refúgio nos genéricos para conseguir dar continuidade a seus tratamentos.

“Eu pergunto se tem o remédio, pergunto qual o de valor mais barato e se o genérico for de uma marca conhecida e mais barato eu nem penso duas vezes. Chego a comprar com um valor da metade do que não é genérico”, conta o engenheiro André Duarte.

Os medicamentos genéricos mais vendidos nos últimos dozes meses foram:

Losartana, Hidroclorotiazida, Dipirona Sódica, Sildenafila, Atenolol, Enalapril, Nimesulida, Sinvastatina, Paracetamol e Metformina.

Do ponto da economia popular, desde que chegaram ao mercado em 2000, eles já proporcionaram uma economia de mais de R$ 169,3 bilhões em gastos com medicamentos para o consumidor.

Em todo o país , a indústria de medicamentos genéricos registrou vendas de 423 milhões de unidades no varejo farmacêutico no terceiro trimestre deste ano, consolidando crescimento de 11,08% frente ao mesmo período do ano anterior.

O desempenho dos genéricos foi superior ao registrado pelo mercado farmacêutico total, que cresceu 5,36% em unidades no mesmo período. Os dados são da PróGenéricos , com base em levantamento do IQVIA, empresa que audita o varejo farmacêutico no país.

Em faturamento, o setor de genérico registrou alta de 20% no terceiro trimestre, frente ao período de 2019, atingindo a marca de R$ 3.119 bilhões, já considerados os descontos concedidos ao varejo. O crescimento é reflexo do aumento de volume e da expansão das vendas de genéricos de maior valor agregado, caso dos produtos voltados para o tratamento do sistema nervoso central, por exemplo.

“O mercado de genéricos cresceu o dobro do mercado total de medicamentos. Esses dados comprovam que os genéricos seguiram cumprindo seu papel de fortalecer o acesso a medicamentos neste momento de pandemia. Os consumidores, em virtude do preço, qualidade e eficácia, buscaram refúgio nos genéricos para dar continuidade a seus tratamentos”, explica Telma Salles presidente da ProGenericos.

Apesar do crescimento importante, Salles aponta que, ainda por conta da pandemia, a indústria enfrenta forte pressão nos custos com a alta do dólar e dos preços praticados no mercado internacional e refletidos nos insumos adquiridos para produção medicamentos.

No acumulado do ano, a indústria de medicamentos genéricos em todo o país registrou crescimento de 13% no número de unidades vendidas no período de janeiro a setembro de 2020 se comparado com o mesmo período de 2019. No total, foram comercializadas 1.237 bilhões de unidades. Entre janeiro a setembro de 2020, o mercado farmacêutico total cresceu 8,79%. Foram comercializados 3.529 bilhões de unidades. As vendas do segmento registraram crescimento de 19,42%, somando R$ 8.643 bilhões nos nove primeiros meses de 2020, também considerando os descontos concedidos ao varejo.

Os genéricos representam mais de 1/3 do mercado total de medicamentos, em unidades. O índice corresponde apenas às vendas realizadas no varejo e não compreende as vendas para hospitais e setor público.

Desde que chegaram ao mercado, em 2000, os genéricos geraram uma economia superior a R? 169,3 bilhões em gastos com medicamentos para os consumidores brasileiros. O valor é potencialmente maior, uma vez que esse indicador só considera o desconto de 35% previsto em lei.

Atualmente, 87 laboratórios comercializam medicamentos genéricos no país. O mercado tem 3.325 registros válidos de genéricos e mais de 21,7 mil apresentações, de acordo com a Anvisa.