Genéricos ampliam o acesso de medicamentos para doenças crônicas
Os medicamentos genéricos, que completam 15 anos no Brasil, nesta terça-feira, dia 20 de maio, se configuraram no principal instrumento de acesso a medicamentos disponível no país.
Com participação de mercado de 27,5%, o segmento ainda tem muito espaço para crescer. Atualmente também responde por 85% dos produtos dispensados pelo Programa Farmácia Popular.
Mas, são nas doenças crônicas, que precisam ser controladas com medicamentos, que os genéricos não apenas fazem a diferença como já transformam de forma positiva a historia de milhares de pacientes.
Estudo inédito da Associação Brasileira dos Medicamentos Genéricos, a PróGenéricos, demonstra que os genéricos chegou a ampliar em mais de 9000% o consumo de moléculas destinadas ao controle de doenças crônicas.
O caso mais emblemático é o do medicamento Losartana, para o controle da hipertensão. Em 2002, antes de o produto perder sua patente, só havia a versão de referência e cinco versões similares disponíveis nas farmácias brasileiras. O consumo anual da molécula era de 578,4 mil unidades ao ano, e registrava movimentação financeira de R$ 15,6 milhões. A participação de mercado era dividida: 59,02% similares e 40,98% referência.
Com o primeiro genérico do produto chegando ao mercado em 2003, o cenário mudou completamente. Em 2013 o consumo do produto chegou a 57,6 milhões de unidades, volume 9966% superior ao registrado em 2002. Esse o caso mais emblemático de ampliação do acesso registrado no país.
Do ponto de vista financeiro, os genéricos também se apresentam como um bom negócio para a indústria farmacêutica. As vendas da molécula saltaram de R$15,6 milhões para R$1,2 bilhão, o que representa evolução de 8074%. A participação e mercado por categorias hoje é: 1,92% referência, 17,31% similar e 80,77% genérico.
Outro caso que chama a atenção é o da Sinvastatina, produto para redução do colesterol. Em 2002, antes de sua primeira versão genérica, o medicamento movimentava 1,385 milhão de unidades, gerando faturamento de R$36 milhões.
No ano passado, foram comercializadas 26,7 milhões de unidades de Sinvastatina, o que representa evolução que chega praticamente aos 2000% O produto gerou receita com as vendas de R$894,6 milhões, apresentando evolução de 2479%. O crescimento em volume foi 1929%.
O consumo da Metformina, um dos principais medicamentos utilizados no tratamento do Diabetes, também mudou radicalmente com a chegada do primeiro genérico, em 2001. Em 2000, o produto comercializava 3,7 milhões de unidades, sendo 36% de participação de mercado do produto de referência e 64% de similares. Em 2013, o consumo ampliou em 1121%. Foi registrada a comercialização de 41,6 milhões de unidades, sendo que 48% do mercado estão nas mãos do segmento de genéricos e o restante dividido entre referência e similares. Em 2013, as vendas da Metformina movimentaram R$409,2 milhões, contra R$26, 4 milhões em 2000, apresentando evolução de 1550%.
Sobre a ProGenéricos
Fundada em janeiro de 2001, a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos) é uma entidade que congrega os principais laboratórios que atuam na produção e comercialização medicamentos genéricos no país.
Sem fins lucrativos, a entidade tem como principal missão contribuir para a melhoria das condições de acesso a medicamentos no Brasil através da consolidação e ampliação do mercado de genéricos.
Juntas, as associadas da PróGenéricos concentram aproximadamente 90% das vendas do segmento de genéricos no país. Articulando-se com diversos setores da sociedade, instituições de ordem pública e privada, a Pró Genéricos canaliza as ações de suas associadas, dando densidade ao debate público em torno de questões relevantes para o setor da saúde e para o desenvolvimento da indústria farmacêutica no país. Visite o site: www.progenericos.org.br